pockets full of stones (17/12/2022)
mencionei uma ida ao cinema para ver um filme de romance/road trip canibalesco. confesso que não mudou minha vida como esperava, mas me arrancou uma lagriminha considerando o que de fato me levou a vê-lo.
estar no mundo é difícil. minha relação com a minha própria imagem e com a imagem que eu penso que as pessoas têm de mim está cada vez mais frágil, ao ponto de dizer com todas as letras que eu não estou me reconhecendo. meus sonhos estão dando indicativos disso de uma forma bastante irritante.
minha analista é solidária: você está tentando. e isso já é alguma coisa.
o negócio é descobrir se alguma coisa é o suficiente.
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mais de um ano depois, o tal filme canibalesco mudou e marcou minha vida e ainda me arranca lágrimas toda vez que o reassisto. mantenho a flexão de gênero no feminino, porque se eu estou recontextualizando esse escrito agora, é porque devo algo à falecida.
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